Wellington Santos: Entrevista Exclusiva

Por Michelle Ramos para o Zine Brasil.

 

 

Como sabemos, publicar Historias em Quadrinhos nacionais não é fácil, mas também não adianta ficar reclamando, é preciso ir a luta e publicar, seja impresso ou virtual o importante é mostrar aos leitores o que você anda fazendo; e é por isso que o entrevistado de hoje, o primeiro de 2009 por sinal, é o Quadrinista Wellington Santos, autor de duas revistas independentes, Vulto: O Vigilante e Vulto: Guerra Declarada, onde conhecemos as aventuras Nelson, um integrante Grupamento Especial (G.E.) (fictício) que atua em Belo Horizonte. Porem o agente termina por descobrir que o G.E, com seu capitão e outros agentes estão envolvidos com o tráfico de drogas, decepcionado, o agente se desliga do grupo, e parte  em busca da verdadeira justiça em sua cidade.

 

O Welligton Santos assina tanto a historia como os desenhos, numa revista que mescla suspense, ação e heroísmo, mostrando que os quadrinistas nacionais tem força e qualidade para enfrentar o mercado de quadrinhos.

 

Mas deixando de muita conversa vamos a entrevista!

 

Quando e como foi seu primeiro envolvimento com Historias em Quadrinhos?

Comecei lá pelos seis anos, com Turma da Mônica e Disney, e aos 11 anos comecei a ler Marvel e DC.

 

Com relação ao seu lado artístico. Quando aconteceu aquele momento em que o artista vê que é, e ama ser um escritor de HQ?

Tinha uns 12 anos quando coloquei na cabeça que queria produzir quadrinhos e decidi que queria mesmo fazer isso aos 17 anos (um ano antes de criar o Vulto!) então criei uma galeria de personagens e desenvolvi suas histórias com cerca de 20 páginas cada, cheguei a fazer 25 histórias com vários desses personagens e foi um período legal, pois comecei a entender os processos de produção de uma história em quadrinhos.

 

Na revista do Vulto: O Vigilante, a primeira do seu currículo, você diz que criou o personagem em 1990, fala das coisas que ocorreram com o mundo durante esse período, mas o que realmente te inspirou a criar o personagem?

Naquela época, Batman estava em alta (ele havia completado 50 anos) e o Justiceiro estava fazendo sucesso em Super Aventuras Marvel, ao lado do Demolidor, esses três personagens me influenciaram muito a criar o Vulto.

 

Apesar das adversidades que o personagem passou, adversidades essas que o tornaram o personagem que ele é hoje; por dentro ele ainda é um agente honesto em busca de justiça; numa sociedade como a nossa, qual seu objetivo ao apresentar as historias do Vulto?

Simplesmente apresentar um personagem meu às pessoas para que elas o conheçam e admirem suas aventuras.

 

Tanto em Vulto: O Vigilante e Vulto: Guerra Declarada, você é o responsável pelo roteiro, desenhos e arte final, nos fale um pouco como foi a produção de ambas as revistas:

Produzir quadrinhos não é nada fácil, principalmente quando o único tempo disponível que se tem são poucas horas vagas ( poucas demais no meu caso! ), mas apesar de ser uma tarefa difícil, cansativa e cheia de imprevistos pelo caminho, sempre gostei muito de ver a história tomando forma a cada cena, é como uma corrida de obstáculos que vão sendo vencidos um a um.

 

Já existe alguma produção em andamento com relação ao Vulto?

Sim, há uma nova publicação “Vulto Um estranho na cidade” que sairá no início de 2009 pela Júpiter II do José Salles.

 

Você tem outros personagens para serem explorados em futuras HQs ou o Vulto é e vai continuar sendo seu personagem principal?

Personagens eu tenho, mas decidi trabalhar só com o Vulto por enquanto para torná-lo cada vez mais conhecido pelo público de HQ.

 

Sabemos que é difícil conseguir reconhecimento por nossas criações e a oportunidade de divulgar o mesmo nem sempre é fácil, especialmente na própria cidade, como tem sido a repercussão das Revistas do Vulto em Minas? Fale um pouco da reação deles:

Você tem toda razão, eu mesmo tenho batalhado pra divulgar o Vulto e suas publicações, mas não tenho do que reclamar, meu material têm sido relativamente bem divulgado por internet, jornais, outras publicações e até TV. E tudo isso ajudou muito ao meu trabalho, o Vulto tem sido bem aceito por leitores de várias partes do Brasil, inclusive aqui em Minas. Quem conheceu o material gostou e sempre recebo elogios dos leitores, isso é bem legal!

 

Guerra Declarada foi um lançamento da Júpiter II, isso acontecerá nas próximas revistas do personagem como você já bem disse, mas alguma outra editora mostrou interesse pelo material?

A próxima edição também sai pela Júpiter II , José Salles gostou muito do Vulto desde a primeira publicação que foi independente, ele abraçou o projeto e deu um apoio fundamental ao meu trabalho, há planos para novas publicações, inclusive uma Edição Especial pra comemorar os 20 anos do Vulto ( o que ocorrerá em 2010! ) Houve uma proposta de outro editor sim, mas pretendo continuar com a Júpiter II enquanto o José Salles permitir.

 

Como você vê as historias em Quadrinhos atualmente? Tem o costume de acompanhar fanzines e revistas independentes?

Hoje, felizmente o mercado oferece um número muito amplo de publicações nacionais e isso é muito bom, dá aos autores a oportunidade de apresentarem seus trabalhos e crescerem com eles. Acompanho sim, todos os gêneros do quadrinho nacional com grande satisfação e acho que isso é fundamental para o fortalecimento de nosso mercado, e incentivo aos nossos autores, façam isso também leitores, vocês não irão se arrepender!

 

Das revistas independentes que teve oportunidade de conferir, qual delas atualmente mais te chama mais atenção? 

Várias, gostei muito da Brado Retumbante, Corpo de Delito, Ultrax, Estórias Geais, Cometa, O Gaúcho, Tormenta, Leão Negro ( embora hoje, este já não seja mais “independente” ), a lista é enorme pois estou sempre aberto ao quadrinho nacional em qualquer gênero e estilo.

 

Você gosta de Super Heróis Brasileiros? Ou como alguns, acha que eles não se adaptam a nossa cultura?

Sim gosto muito, acho que o tema herói ultrapassa as barreiras geográficas, mesmo os “comics” têm mostrado heróis de diversas nacionalidades, inclusive brasileiros.

O importante é criar personagens bem estruturados.

 

Em relação ao Mercado Brasileiro de Quadrinhos, vemos algumas editoras começando a criar seus selos de quadrinhos e divulgando o apoio e publicação dos quadrinhos brasileiros, como você vê essas iniciativas?

Felizmente hoje o mercado se apresenta muito melhor que há 10 anos, com uma oferta muito grande de títulos e qualidade compatível ao material das grandes editoras, acredito que os produtores independentes foram os responsáveis por essa mudança, pois foram à luta quando ninguém acreditava ser possível produzir quadrinhos nacionais.

 

A situação melhorou sim e hoje há editores fazendo sua parte, mas ainda há muito pra chegarmos a um mercado ideal, e uma das coisas fundamentais pra isso seria (a meu ver) que os produtores e principalmente LEITORES, prestigiem cada vez mais o quadrinho nacional, isso ajudaria ampliar o público fortalecendo o mercado brasileiro e levando cada vez mais editores a investirem na “HQB”.

 

O que gostaria de estar fazendo daqui a cinco anos?

Curtindo minha família, vendo um mercado melhor, mais seguro e mais amplo para o quadrinho nacional e o Vulto bem conhecido, estabelecido e quem sabe, estrelando uma edição (no mínimo uma!) totalmente colorida em formato maior e papel especial.

Qual sua dica para um jovem que acaba de descobrir que quer ser um quadrinista profissional?

Passe a acompanhar o quadrinho nacional, torne-se um consumidor da “HQB”, você não pode querer produzir algo que não compra, pois desta forma, não pode esperar que outros comprem o seu material.

Faça contatos com outros autores, SEJA HUMILDE e saiba ouvi-los, (uma crítica tem sempre seu lado bom) eles têm muito que dizer.

E uma coisa fundamental: NÃO DESISTA NUNCA!

 

Wellington, muitíssimo obrigada por conceder essa entrevista; espero poder noticiar mais e mais trabalhos de sua autoria por aqui! Abração!

Obrigado a você Michelle pela boa vontade e atenção e também a todos os seus leitores, em breve o Vulto estará de volta, aguardem!

Os que se interessarem em adquirir as revistas do Vulto, gentileza entrarem em contato pelo meu e-mail: vultohq@yahoo.com.br

Um abraço e obrigado!

40 comentários sobre “Wellington Santos: Entrevista Exclusiva

  1. Pingback: “Vulto – Um estranho na cidade” « Loja Zine Brasil

  2. O Vulto é o cara!!!!!
    Quero ver se alguém tem coragem de colocar uma mascara e sair apavorando os bandidos por ai!!
    quero veeeerrr!!!
    é isso que muito se precisa na leitura de historias como essa …imaginação..!!
    Qnd concedemos a nossa mente o privilegio de estar na pele de um justiçeiro ,vigilante,heroi ect.,,ao menos por algumas paginas.é ai que descobrimos o valor que esse tipo de coisa tem!!
    eu penso assim!!sei que é um pouco ingenuo as é fato!!
    abraço a todos!!!
    e wellington..destruiu irmão!!!!

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  3. Puxa, Allan Alex sempre foi um ídolo pra mim, fiquei extremamente honrado com seu comentário, com a magnífica arte que ele preparou para minha nova publicação e diante de tudo o que ele disse, só posso agradecer.
    Valeu Allan!

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  4. Bom dia,caro Wllington,não tenho realmente o costume de postar comentários,mas faço questão de expressar meu contentamento com seu trabalho,já que o considero altamente relevante,corajoso e pioneiro. Isso quem escreve não é um recalcado por ter visto um trabalho de alguem que conseguiu êxito, e optou por esconder sua incapacidade de conclusão(sinal claro de mediocridade)através de pseudônimo de vilão de HQ norte-americana,mas aqui vai um abraço ,de admiração,de um profissional que milita nessa área hà mais de trinta anos,dos quais,ja tendo publicado no Canadá,Inglaterra e Itália,mercados reconhecidos mundialmente por sua exigência de qualidade.
    Com certeza,qualquer um que se arvóre em apontar o mercado norte-americano de criador do estílo ´´FANTÀSTICO“,mostra,de cara ,que é dono de uma cultura geral que o gabarita apenas à produção de arte dadaísta(se é que os dadaístas aceitariam tal tipo de pessoa tão à parte do que está falando).
    os Marvels,longe de serem criadores,dão apenas continuidade em algo que se fazia já la na época dos nossos ancestrais das estépes. A partir do momento em que a humanidade passou e conceber o abstrato,a magía foi a necessidade prima diante do medo de um mundo onde não se tinha controlê algum. Daí nasceram as pinturas rupéstres,as lendas,os deuses,as religiões e até o mutante mais conhecido da humanidade,J.C.
    Mas deixando ´´oportunistas de plantão“de lado,falemos do VULTO…
    Personagem forte,de carater impulsivo,com um conceito de coletividade utilizado como auto-preservação,pois para isso fora treinado física,mental e espiritualmente,quem serviu o quartel sabe do que estou falando. O refléxo de um militar posto em perigo é se ater a uma mèta,planejar estratégia,atacar e conquistar a méta.
    dito isto,o VULTO se torna um personagem muito mais viável no nosso cotidiano do que um bilionário alcoólatra entediado que resolve gastar seus bilhões se vestindo de lata e dando porrada nos outros. o estrondoso sucesso do filme trópa de elite(sucesso entre o povo,ja que os intelectualoides ficaram com medo de perder sua utilidade de acusadores profissionais)mostra que a nação recusa o rótulo, que querem lhe impor,de um povo corrúpto e passívo diante do que é errado,pois quando o brasileiro comum se cala diante do malfeitor é somente por não ser burro pra morrer atacando alguem de arma em punho,ja que no momento está desarmado. mas quando esse mesmo povo tem a condição ao alcance,reaje! e muito antes desse filme ,wellington ja sáca isso,cria um real representante do povo,do seu povo,um mineiro, militar com treinamento de elite e a vida em risco. os músculos desse justiceiro não são feitos de cachorro-quente,mas cada fíbra é puro tutú à mineira. Não tem super-poderes,mas tem algo muito maior,que lava nossa alma de grande nação dos quadrinhos sul-americanos,tem brasilidade,algo que só quem sente o coração queimando quando vê as cores verde-amarelo-azul e branco sabe do que falo.AVANTE,irmão de criação! e por favor…tudo sempre pode evoluir…desenho…rotêiro,mas mantenha sempre essa brasilidade que móve sua verdadeira alma de artista talentoso que vc é.

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  6. Quem é esse senhor Roberto?
    Acho que ele está tirando conclusões precipitads a respeito do meu trabalho, primeiro por estar julgando sem ter lido, segundo por estar achando que não vendeu, saiba senhor Roberto, que da tiragem que produzi 70% já foi vendida, ok? ou seja, não foi um fracasso como pensa…
    Ainda bem que não dependo de gente como o senhor, quer saber de uma coisa: vá produzir algo útil ou encher o saco de outro!

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  7. Já que é prá ser bonzinho, professora, eu serei.
    Louco a tentativa do rapaz em questão.
    Porém, a temática que ele aborda está ultrapassada e o desenho está sumariamente datado.
    Não digo isso porque quero prejudicar o camarada; quero mais é que ele melhore.
    Porém, isso não será possível se ele aplicar em suas HQs um desenho e roteiro tão desfuncionais.
    Vai cair na mesma vala comum de todo esse pessoal que faz HQ: desenho comum e roteiro fraco.
    A maior majestade das HQs é o leitor.
    E nenhum leitor vai comprar uma HQ por causa do brilho dos olhos do autor e nem pelo ato de fé que ele tem em si mesmo.
    Diversão.
    HQ é pura diversão e o trabalho do rapaz diverte apenas a ele mesmo.
    Pois foi idealizado por um ilustrador que só pensa em si, em seus sonhos, em seu prazer.
    O leitor é mera consequência.
    E o banner do Wellington está escrito errado.
    Viu só como amadorismo é contagioso?

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    • kkkkkkkkkkkk não disse que deveria ser bonzinho, apenas educado, não é preciso ofender ou humilhar para ensinar algo, eu não me preocupo em errar, pois alguns erros podem ser corrigidos, como o banner por exemplo; (agradeço por avisar) errar não é problema, o problema é achar que não esta sujeito ao erro; 😉

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  8. É uma ótima revista,com uma história bem elaborada que compete de igual para igual com qualquer revista norte americana.Parabens a Wellington Santos pelo excelente trabalho.

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  9. Obrigado a todos que tem comentado.
    Fico feliz por recebere o apoio de pessoas que realmente fazem algo pela HQB, como você Michelle, Mestre Shima, Cynthia Carvalho, Adriano Gon, etc…
    Muita gente tem dado força e graças a elas vou prosseguindo!
    Obrigado Michelle pela defesa.
    Engraçado alguém que assina “Darkseid” cobrar “originalidade”, aposto que ele é mais um dos que julgam um livro pela capa e metem o pau sem ter lido.
    Respeito e até agradeço as sugetões dele e fico feliz que “Darkseid” esteja escrevendo quadrinhos, assim ele sentirá o gostinho do próprio veneno do preconceito na pele quando se lançar no mercado e encontrar pela frente outros “Darkseids”…

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  10. Agradeço muito pela acolhida, Michelle.
    É claro que não estou aqui para desvalorizar a produção alheia (eu não sou muito bom em desenhar, mas escrevo um livro de super-herói), o que me entristece é que os autores nacionais, inclusive pessoas de longa data nesse segmento como Emir, Seto, Malagola e etc. não tenham unido forças para produzir em larga escala e tornar o trabalho sério. O que tenho visto é um punhado de gente que até apóia a produção nacional, mas as coisas retrocedem, funcionam aquém do esperado, e todo aquele que se destaca na multidão dirige seu foco para os States, sonhando trabalhar com eles, quando deveria concentrar seu esforços aqui na nossa considerada pátria-mãe.
    Enquanto este fato não for revertido, a ordem e o progresso não passarão de meras palavras estampadas numa bandeira.

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    • Você esqueceu de dizer seu nome de novo viu?! Realmente concordo que alguns artistas, mesmo os de longa data poderiam ter feito muito mais do que conhecemos hoje em dia, e creio que os jovens artistas que estão surgindo hoje, como até você, que esta escrevendo um livro de super-herói, pode fazer a diferença no Brasil; bastando que faça não apenas por diversão, para você mesmo ou para amigos, mas com profissionalismo, buscando ganhar leitores de verdade; Logicamente que, se os artistas que se destacam, dessem mais atenção em apoiar o trabalho nacional, muita coisa ja seria diferente; mas como nada é tão simples como gostariamos; cabe a nós com o que estamos fazendo, buscar mostrar o que realmente um escritor ou quadrinista pode e deve fazer para elevar os quadrinhos nacionais a um nível mais respeitado e digno; porém isso só vai acontecer se os projetos forem realizados em parceria, com um objetivo em comum, e não com pessoas discutindo ou ofendendo outras como muitas vezes se vê. Se todos que REALMENTE GOSTAM de quadrinhos se preocupasse em mostrar o que temos de bom, e não apenas aquilo que é considerado “fraco”, “não comercial” ou aquilo que acham ser “porcaria” muita coisa também seria diferente; mas infelizmente não é assim; a maioria prefere mostrar só o lado ruim (que eles consideram) e isso da pior forma possivel, e com certeza; isso é ainda mais lamentável do que o atual estado dos quadrinhos nacionais, que em minha modesta opinião esta até melhor há cinco anos por exemplo, porque nesse tempo, nem gente metendo o pau na hqb existia… e agora tem que é uma beleza. 😉 cumprindo o velho ditado popular “Falem bem ou ruim, mas que FALEM” hahahahahaha. Abraço.

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  11. Essa coisa de história de Justiceiro já não cola… Se observarmos a realaidade da polícia e das Forças Armadas no Brasil, diria que o Vulto seria facilmente corrompido ou, no MÍNIMO, seus colegas de farda o eliminariam imediatamente.

    O super-herói brasileiro pode ser mais que isso.

    Não que eu esteja querendo ser o dono da razão, mas o esquema do vigilante que combate o crime já não cola mais. Pode ser que tenha funcionado com os personagens gringos, mas seria interessante se o Vulto em questão enfrentasse a lei e trabalhasse para os criminosos (o que chamamos de construção reversa dos personagens). A essência do personagem não é autêntica, pois o brasileiro preferiria antes ser corrompido do que “fazer justiça”.

    Pensem bem nisso: Se eu quero criar um super-herói, para quê eu me daria ao luxo de absorver exclusivamente conceitos da Marvel e da DC? Será que nós brasileiros, não temos outros meios de buscarmos inspiração? Eu até gosto das histórias, mas ME RECUSO a por um uniforme, um codinome e um ideal de Justiça que o direcione. Pois como diria Tobey Maguire, o ator do Homem-Aranha, em entrevista aos bastidores do terceiro filme, “o super-herói deve ser constituído de emoções que o ponham em contradição com a sua realidade, de modo que NENHUM deles seja merecedor de estar num pedestal”. Porque eu daria razão a um cara mascarado? No mínimo eu correria pensando ser um bandido ou zombaria do sujeito dizendo que ainda é cedo (ou tarde) para comemorarmos o Carnaval.

    O Vulto é uma aposta, mas ainda temos muito a evoluir concernente em criações mais sensatas de personagens. O problema é nos espelharmos demais nos States para, no final da tarefa inglória, ter um personagem que passa despercebido pelo gosto dos fãs.

    OBS: Fanzine não é um trabalho sério, é uma brincadeira com o propósito de entreter uma minoria e garantir o deleite do autor.

    E tenho dito!

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    • Olá “Darkseid” custava colocar o nome moço? Não preciso dizer que não concordo com tudo que você fala, mas com certeza seu texto apresenta idéias significativas sobre as possibilidades existentes na construção de um personagem brasileiro, relativamente autêntico, pois o fato de você dizer que o Brasileiro prefere ser corrompido a fazer justiça, ou ainda que um fanzine não pode ser considerado um trabalho serio, com certeza vai da sua opinião, assim como outras questões que você levantou.

      Mas como você, apesar de todo o “poder” que dispõe, conseguiu apresentar sua opinião sem usar seus “feixes Omega” = ofensa sem necessidade. Ficará registrado aqui. E tenho dito!

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  12. Olá, Michelle e Well! A entrevista ficou bem legal, parabéns aos dois! Tenho as poblicações anteriores de o Vulto e aguardo ansiosamente o próximo lançamento, tanto como leitor como para ajudar na divulgação. Portanto, espero ser avisado quando ocorrer. E para quem não conhece o Vulto, fica o convite para fazê-lo, pois é um personagem bem construído e, apesar das influências citadas, tem personalidade própria.

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  13. Wellington, como comentei para ti, muito interessanto seu persongaem Vulto. Nós da editoria do Cadernos de Cultura e Educação vamos abordar a temática das histórias em quadrinhos, particularmente com personagens e autores brasileiros. A primeira da série teve como entrevista o Alex Mir. As idéias que expressa aqui no Zine Brasil tem conteúdo e gostaríamos de contar com a sua colaboração. A nossa edição é de distribuição gratuita entre os associados (CAPESP) e entidades acadêmicas. Sucesso para você e parabéns a todo o pessoal do Zine Brasil.

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  14. Meu grande amigo ficamos muito felizes por mais esta porta se abrindo …e como já sabemos vc vai muito longe.
    Beijos e muito sucesso de seus amigos e admiradores
    Andréa, Marconi, Renê e Pedro.

    Valeuuuuuuuuu Vuuuuuuuuulto!

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  15. Pingback: Wellington Santos no Zine Brasil | Impulso HQ

  16. excelente entrevista.. é sempre bom saber que quadrinistas brasileiros não desistem e contiuam em frente com boas criações e ritmo…

    Parabéns Wellington

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  17. Ficou ótima a entrevista, foi bom conhecer um pouco mais sobre Wellington Santos e seu personagem Vulto, que é um grande personagem. A primeira edição do Vulto tem muita qualidade e muita ação, e melhor é ambientada em nosso país e cotidiano.

    Em breve vou adquirir a segunda edição e as próximas que espero que sejam lançadas.

    Até Mais,
    Guilherme (www.quadrinharte.com)

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  18. É isso aí, Well, continue na batalha e conclamando todos a participar na luta pela HQB. E tenho algo a acrescentar pros aspirantes: quem quer fazer HQ, deve fazer por amor e não pensando em grana. Fazer quadrinho, é antes de tudo, uma questão passional. Está na cara que o Vulto é feito com paixão e merece todo o sucesso!

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  19. Descobri o Vulto ha um tempo atras..e ja virei fan..tenho as duas ediçoes lançadas..e espero maais!! Muito bom ver um heroi brasileiro tratado com respeito.Parabens Well !!!

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  20. Gostei da entrevista, cheio de entusiasmo, mas sem ser pretencioso, nem arrogante!
    É isso aí, você é um bom exemplo para toda a moçada em busca de espaço no difícil
    campo das agaquês. Meus parabéns!

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  21. Como fã de quadrinhos reconheço no trabalho do Well, uma importância muito grande para os artistas nacionais, pois com perseverança e talento tem demostrado que é possível sim fazer quadrinhos com qualidade neste país, parabéns Well, continue firme e que muitas outras edições do Vulto sejam publicadas, quem sabe um especial Vulto e Névoa em? rsrsrsrsrs!!

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  22. Valeu Wellington! Parabéns pela sua entrevista. Tenho fé de que o VULTO será cada vez mais reconhecido pelos fãs de revistas em quadrinhos. Eu sou um deles…rsrsrs.
    Mais uma vez, PARABÉNS!!!

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  23. Mais uma vez o Well nos surpreendeuuuu com esse trabalho excelentee, mais um trabalho publicadoOO com perfeição….

    Vc esta de parabens meu carOoO, pela sua revista “O VultO”.

    ; )

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  24. Desde que conheci a HQ Vulto, apoiei Well nesta idéia inteligente e interessantíssima: um Super-Herói Mineiro. Já estou ansioso pela terceira revista, pelo filme, pelo game, pelos bonequinhos e pelas roupas…
    Well, desejo muito sucesso em seu trabalho!

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  25. parabens wellington e esperamos que vc lance mais e mais hqs do vulto e demais personagens de sua autoria.

    parabens mais uma vez

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  26. É isso aí, Well! Tenho certeza que em pouco tempo o Vulto será bem conhecido pelos leitores de HQ. Boa sorte e parabéns pelo trabalho!

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  27. Gostei muito da história do Vulto, de como surgiu e tudo mais… É uma história sensacional… Recomendo a todos os leitores de quadrinhos. Abraço!!!

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  28. Vemos que Wellington Santos, não é so um quadrinista, mas sim um talento e uma grande pessoa, torcemos por seus personagens e acima de tudo pelo que faz pelo quadrinho e arte brasileira, yes!!!! nos temos artista!!!!

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  29. Muito obrigado mais uma vez, Michelle!
    A entrevista ficou muito bacana e foi um grande prazer responder às suas perguntas.
    Valeu, Zine Brasil! Parabéns pelos 4 anos no ar!
    Um abraço e felicidades!

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