O século dos quadrinhos na tela grande
Dá até para fazer um álbum de figurinhas com os personagens de HQs que ganharam filmes
O Século 21 pode ser considerado o século dos quadrinhos no cinema. Afinal, não é pequeno o número de personagens e histórias que foram originalmente concebidos para as páginas de histórias em quadrinhos (HQs) e ganharam a telona entre 2000 e 2011.
Este ano de 2011 já se mostra rico em lançamentos, como Thor, filme com o deus nórdico do Trovão. Ainda estão previstos os clássicos Capitão América (com Chris Evans) e Lanterna Verde (com Ryan Reynolds), além de X-Men: Primeira Turma, que conta a origem dos mutantes Professor Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender). E em 2012 haverá dois filmes bastante esperados: Os Vingadores, que reúne vários heróis Marvel, e o terceiro capítulo da nova linhagem do Batman, iniciada com Batman Begins e que depois teve o aclamado Batman: the Dark Knight.
Não que filmes de HQs fossem inexistentes no século 20. Afinal, foi quando surgiu o primeiro Superman, que, 33 anos depois, ainda voa com charme. Houve ainda dois Batman com a marca autoral de Tim Burton (e outros dois, de Joel Schumacher, que desandaram). E O Máskara. E Popeye. E Dick Tracy. E Homens de Preto. E Blade.
Mas o século 21 ganha em quantidade. Em 2000, o primeiro filme dos X-Men mostrou que produções feitas a partir de heróis de quadrinhos podem ser rentáveis para os estúdios, desde que sejam bem feitas. Claro que de lá para cá houve bombas como Mulher-Gato. Por outro lado, Homem-Aranha e Batman ganharam filmes de acordo com a grandeza dos personagens. Isso sem falar em Zorro e Sherlock Holmes, concebidos em obras literárias, mas constantemente retratados em HQs. Zorro tem um filme de 1998 e outro de 2005, ambos com Antonio Banderas. Já o Sherlock Holmes que traz Robert Downey Jr. no papel principal foi baseado em uma HQ de Lionel Wigram — que, diga-se, nunca ganhou uma edição em papel; foi parar direto na telona.
A grande seara de HQs no cinema é fruto das duas maiores editoras do gênero, a Marvel e a DC Comics. A primeira percebeu a rentabilidade dos heróis e passou a produzir, ela mesma, filmes com Homem de Ferro, Hulk e Capitão América — e promete um capítulo apoteótico em Os Vingadores. Já a DC, de Superman e Batman, viu obras mais alternativas, como V de Vingança e 300 ganharem a telona, em produções da Warner — a quem a DC pertence.
Mesmo com todos esses filmes, ainda é grande a lista de personagens de HQs que ainda não tiveram uma produção própria na tela grande. Será que eles vão chegar lá?
Lycio Vellozo Ribas (Bem Paraná)
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